É quando a sua ausência me surpreende pelos corredores que eu mais brinco de faz-de-conta.
Por algum desses mistérios das estrelas, eu finjo que algum dia nós nos conhecemos de verdade. E que essa pirueta que o vento deu justo naquele banco em que você subia...
Ah, Aquela pirueta é um cartão postal vindo da França!
No meu sonho de um segundo não existe burocracia nem preço e as suas sapatilhas voaram lá de longe, bailaram nuvens afora só pra me dizer que as ruas de Paris são do jeitinho que você esperava, são do tamanho que a sua memória de treze anos guardou um dia. São sapatilhas velhas e gastas, como sempre sonharam ser. E vêm voando em livros quase novos, com o gosto vermelho do chocolate amargo que derrete na boca.
Eu pisquei os olhos naquele bar em que você chorava, eu só reabri depois do flash e... passou. De repente, a crise do terceiro ano é minha e eu não tenho ideia de onde você se meteu. Eu não teria como saber e já não faz tanta diferença. No meu sonho, foi num ballet parisiense.
E os dias de céu azul bem brasileiros ficaram, pra eu te abraçar quando quiser
(no sagrado silêncio das almas desconhecidas que se entendem)
Um comentário:
mas é LINDO, afilhada. amei amei. muito muito muito obrigado. (L)
Postar um comentário