You're still pretending I believe your silence, you're still faking this mask and keeping your new-old-young friend hidden... And now he's starting to make you tired, what should I try?
You tell me your fake stories and someone's missing to complete, we should find a charachter to cover that part and that talk but you want me to believe there's just us. Someone I've never met is missing here and because of this one you're missing again... missing our smiles, our plans, our tears, our nightmares and dreams. Someone is missing and making you miss (should I say lose?)
If you start running now, it's still possible to grow up. Show this hell you're going through, stop running away from the yellow lights: it's about time you payed attention! Don't miss the point of the warning voices
Someone's missing in your lies, make it stop!
Make it stop...
cause I can't stand missing you anymore
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Um último relatório antes de dormir
Cheguei em casa, arrumei meu quarto, entrei no computador, e descobri o que me atinge: o prazer inenarrável de me conter em sua presença, uma vez que esta já nao me agrada.
A aguniante sensação de não te querer por perto me aflinge de forma um tanto quanto significante pra me fazer a pior pessoa do mundo. Eu que nem sei de onde vim, pra que vim e pra onde vou. Eu que não quero você e ao mesmo tempo me prendo junto a ti com seus defeitos e súplicas por carinho. Isso nao é um apelo amoroso. Muito menos um apreço por você, caro amigo. È apenas um aviso de que preciso que se comporte como alguém do seu tamanho. Seja alguém que faça diferença pra mim.
Mau
A aguniante sensação de não te querer por perto me aflinge de forma um tanto quanto significante pra me fazer a pior pessoa do mundo. Eu que nem sei de onde vim, pra que vim e pra onde vou. Eu que não quero você e ao mesmo tempo me prendo junto a ti com seus defeitos e súplicas por carinho. Isso nao é um apelo amoroso. Muito menos um apreço por você, caro amigo. È apenas um aviso de que preciso que se comporte como alguém do seu tamanho. Seja alguém que faça diferença pra mim.
Mau
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Eles acreditam... A gente sabe!
Teve um dia cos minino cismaro de juga bola. Num sei que que arrumaro pressas vizinhança aí afora que derumjeito de brincá mesmo que o vô num emprestasse aquela do time de jeitoninhum. Brincaro, brincaro té que alguém chutou cum força dimais e ela foi pará lá longe, prums lado pirigoso que eu num deixo i de noite não.
Depois eles mesmo esquecero daquilo e foro procura otro brinquedo que não desse trabalho. Mas aí o filho do vizinho chegou de viage da capital cuma bola noviinha. Uma bola bunita, menina, cê precisarra de vê qui trem, té eu fiquei quereno chutá um cadim. Mas o minino do vizim é mimadim que só, e eu fiquei de canto só prestantenção no que que ia dá essa história di futibol.
Pois tava ino tudo muito sussegado, té que o meu mais novo, que é bom de serviço nos esporte, cumeço fazê gol e ganhá do time do minino. Nóssinhora, mai ele foi ficano bravo, foi ficano nervoso de perdê té que falou que o meu minino num ia mais era jogá nada não e que ele é que ia decidi os time e que si num fosse do jeito dele num ia sê era de jeito ninhum.
Aí o meu mais velho falô, uai, meirmão num pode brincá porquê? Por que que ocê que resolve? E ele falô que era porque ele era o dono da bola e é o dono da bola que manda na brincadera.
Meus minino largaro o vizim ca bola chique dele, juntaro cos otros minino da rua. Cada um pra sua casa, pegaro as meia velha e pronto: agora tinha uma bola que era de todo mundo, uma bola boa de meia que num era de ninguém porque tinha qualquer coisa de cada um. Menos do fresco, que gente fresca lá tem meia velha? Tem nada!
E bola bunita serve de que quando a gente num tem nem uma meia velha pra dividir? Serve pro minino ficar contano os dias de cabarem as férias e ele voltar pra casa dos tios lá na capital, lá onde num tem espaço pra juga bola e é por isso que ela tá novinha há tanto tempo.
E os meus minino? Ixi, piriga até de virar jogador profissional. Mas o que eu queria contá nesse causo num era isso não, era que eu gosto mais de quem acha do que de quem tem certeza. É que quem "sabe" é dono da bola e brincadera boa num tem mando não, tem mais é meia velha de todo mundo junto!
Depois eles mesmo esquecero daquilo e foro procura otro brinquedo que não desse trabalho. Mas aí o filho do vizinho chegou de viage da capital cuma bola noviinha. Uma bola bunita, menina, cê precisarra de vê qui trem, té eu fiquei quereno chutá um cadim. Mas o minino do vizim é mimadim que só, e eu fiquei de canto só prestantenção no que que ia dá essa história di futibol.
Pois tava ino tudo muito sussegado, té que o meu mais novo, que é bom de serviço nos esporte, cumeço fazê gol e ganhá do time do minino. Nóssinhora, mai ele foi ficano bravo, foi ficano nervoso de perdê té que falou que o meu minino num ia mais era jogá nada não e que ele é que ia decidi os time e que si num fosse do jeito dele num ia sê era de jeito ninhum.
Aí o meu mais velho falô, uai, meirmão num pode brincá porquê? Por que que ocê que resolve? E ele falô que era porque ele era o dono da bola e é o dono da bola que manda na brincadera.
Meus minino largaro o vizim ca bola chique dele, juntaro cos otros minino da rua. Cada um pra sua casa, pegaro as meia velha e pronto: agora tinha uma bola que era de todo mundo, uma bola boa de meia que num era de ninguém porque tinha qualquer coisa de cada um. Menos do fresco, que gente fresca lá tem meia velha? Tem nada!
E bola bunita serve de que quando a gente num tem nem uma meia velha pra dividir? Serve pro minino ficar contano os dias de cabarem as férias e ele voltar pra casa dos tios lá na capital, lá onde num tem espaço pra juga bola e é por isso que ela tá novinha há tanto tempo.
E os meus minino? Ixi, piriga até de virar jogador profissional. Mas o que eu queria contá nesse causo num era isso não, era que eu gosto mais de quem acha do que de quem tem certeza. É que quem "sabe" é dono da bola e brincadera boa num tem mando não, tem mais é meia velha de todo mundo junto!
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Vigília
E aí a gente estuda o trabalho de arte, lê os críticos, discute os valores e os cânones...
Aí ela resmunga o movimento estudantil e o outro, com menos eufemismo, a estaticidade.
O cara escreveu há não sei quantos muitos anos e a porrada dele tá doendo bem ali na beirada do estômago:
"Absolutamente não é com idéias, meu caro Degas, que se fazem os versos. É com palavras"
Pobre Degas.
Pobres de nós todos, achando nas nossas vontades que fosse tão simples enfiar a cabeça nesse tal universo que se chama poesia. Nós, os reles mortais, que precisamos de uma tese de mestrado pra ver como aquela aranha verde fluorescente poderia merecer um olhar no seu passeio, e como ela poderia se acanhar de ser vista.
E essa tal farsa que se chama poesia, ai, que eu também fiquei com vontade! É aquela máscara de Atenas que tampa o rosto pra mostrar o que tem de verdade no dentro da gente, é Dionísio que não se apossa mas fica ali, de canto, vendo quem se arrisca a bater o tirso no chão e gritá-lo de novo: "eei, volta aqui! Não deixa a Modernidade só com essa balinha, só com essa garrafa: ainda tem um feixe de humanidades querendo o êxtase real!"
Não contem pra ninguém, mas nesse fingimento todo, nessa miscelânea de lembranças de seis feiras passadas eu não desisti de buscar a poesia escondida no meio da rua. E talvez "eu" também seja um "você" bem garrado lá na última camada, com medo de despregar. Mas hoje, que interessa? Eu sou só mais uma das meninas-bolha perambulando zumbi pela universidade pública. E se qualquer coisa dessas simulações é verdade verdadeira, acredita quem quiser: eu só queria era matar o tempo com letras pra não ninar o meu vazio na próxima aula de poesia!
(Pronto, falei!)
Aí ela resmunga o movimento estudantil e o outro, com menos eufemismo, a estaticidade.
O cara escreveu há não sei quantos muitos anos e a porrada dele tá doendo bem ali na beirada do estômago:
"Absolutamente não é com idéias, meu caro Degas, que se fazem os versos. É com palavras"
Pobre Degas.
Pobres de nós todos, achando nas nossas vontades que fosse tão simples enfiar a cabeça nesse tal universo que se chama poesia. Nós, os reles mortais, que precisamos de uma tese de mestrado pra ver como aquela aranha verde fluorescente poderia merecer um olhar no seu passeio, e como ela poderia se acanhar de ser vista.
E essa tal farsa que se chama poesia, ai, que eu também fiquei com vontade! É aquela máscara de Atenas que tampa o rosto pra mostrar o que tem de verdade no dentro da gente, é Dionísio que não se apossa mas fica ali, de canto, vendo quem se arrisca a bater o tirso no chão e gritá-lo de novo: "eei, volta aqui! Não deixa a Modernidade só com essa balinha, só com essa garrafa: ainda tem um feixe de humanidades querendo o êxtase real!"
Não contem pra ninguém, mas nesse fingimento todo, nessa miscelânea de lembranças de seis feiras passadas eu não desisti de buscar a poesia escondida no meio da rua. E talvez "eu" também seja um "você" bem garrado lá na última camada, com medo de despregar. Mas hoje, que interessa? Eu sou só mais uma das meninas-bolha perambulando zumbi pela universidade pública. E se qualquer coisa dessas simulações é verdade verdadeira, acredita quem quiser: eu só queria era matar o tempo com letras pra não ninar o meu vazio na próxima aula de poesia!
(Pronto, falei!)
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Ya!
Foi entao que surgiu...
''Olha! È aquele menino que apareceu na televisão e no outdoor.''
Enquanto isso, o outro em seu canto analisa a questão: " E eu? Cadê?"
E a inveja rola solta. Que feio, você nao acha?
Não. Tudo faz parte e nada é de um todo inútil. Só faltou coragem da parte do menino pra chegar lá.
Mau
''Olha! È aquele menino que apareceu na televisão e no outdoor.''
Enquanto isso, o outro em seu canto analisa a questão: " E eu? Cadê?"
E a inveja rola solta. Que feio, você nao acha?
Não. Tudo faz parte e nada é de um todo inútil. Só faltou coragem da parte do menino pra chegar lá.
Mau
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Já dizia Fernando Pessoa...
Como era o costume na longíqua era-pré-vestibular, o vigia dormiu num canto qualquer e eu fiz de conta que ele não era um pedaço de mim e me permiti uma arte, uma travessura. Não é nem nada demais, são só os dizeres de Fernando Pessoa e de Alberto Caeiro - que talvez fosse o vigia dele - que eu quero lembrar.
Um eu lembro a vocês:
"A Beleza é qualquer coisa que não existe. É o nome que dou a alguma coisa em troca do agrado que ela me traz"
O outro eu lembro egoísta, só pra mim... E quem já me ouviu dizer que se divirta fingindo que sabe de um grande segredo
Um eu lembro a vocês:
"A Beleza é qualquer coisa que não existe. É o nome que dou a alguma coisa em troca do agrado que ela me traz"
O outro eu lembro egoísta, só pra mim... E quem já me ouviu dizer que se divirta fingindo que sabe de um grande segredo
sábado, 11 de julho de 2009
Café-com-leite
Queria repetir o tema agora e as unhas tinham caído. A pele restava rasgada e mãos bem-feitas de esmalte e hidratante acusavam-me os olhos de exagero e inconveniência. Como eu ousava não passar base, pó, rímel, sombra, delineador? Por que eu não tinha insistido na base fortalecedora? Todas elas escondendo suas rachaduras sob o creme, apagando as olheiras com corretivos, logo elas, tão sérias, tão sofridas, tão reais. E eu, brincando no conto de fadas, com os órgãos expostos.
"Recomponha-se!"
As mãos me gritavam na cara, irritadas, cansadas, desfazendo-se em todos aqueles pós que falseavam até as suas alegrias e saudades.
Um dia, sem querer, tiraram a bruxa e o lobo mau da história, caiu um antídoto que desenvenenou as maçãs e as bebidas. E até as princesas se enfureceram com os meus cabelos crescidos, as minhas unhas fortes, a minha total falta de cuidado em esconder as cicatrizes que talvez existissem aqui ou ali. O caçador perdeu a função. O dragão ficou manso e agora, como o príncipe mostrava que era herói?
Mas eu também queria brincar! As árvores a volta são altas o suficiente pra que a queda seja engraçada e não dolorida. E rir sozinha, lá tem graça? Elas gesticulavam sem perder a compostura, choravam a pirraça pra dentro e de cima do salto: e eu sentia o chão tranquila, com os pés nus no caminho de rosas, consultando as borboletas e a trilha sonora daquele show de Truman sem achar as câmeras, sem coragem de encostar no céu pra ver se achava o fim.
E ser café-com-leite já foi realmente divertido alguma vez? Eu também queria brincar! Mas pra brincar tem que saber as regras, tem que emagrecer pra entrar no vestido, tem que fazer as unhas, tem que alisar o cabelo enrolado pra poder enrolar de novo depois, do jeito certo que no fim das contas desmancha e fica igualzinho tava no início.
Pra brincar, tem que encostar só com as unhas sem manchar a francesinha.
Mas eu perdi o manual que tinha as regras. Na verdade, acho que eu nunca tive um: no caminho de rosas qualquer lado era bom, as bruxas não estavam e cair era engraçado. Eu devia ser café-com-leite ou assistir outro jogo. Só que eu resolvi tentar.
E esbarrei. Eu já não tinha mais quinze anos, mas os problemas tinham dez, sete. Os meus problemas, naquela brincadeira, eram cartinha branca. E talvez aquele fosse um dos poucos contos que realmente tem fadas. Não era o fim do mundo.
Mas as unhas caíram e voltaram pra rasgar a pele. Eu não tinha dragões, só mania de sentir.
As mãos vieram grandes e com cheiro de sabonete dizer que eu não tava ainda no tamanho certo pra entrar na roda. Que eu talvez nunca tivesse aquele tamanho. Lá na terra das maçãs inofensivas, andar sem pele por aí não dói tanto. Elas não entendem.
Mas eu também queria brincar!
"Recomponha-se!"
As mãos me gritavam na cara, irritadas, cansadas, desfazendo-se em todos aqueles pós que falseavam até as suas alegrias e saudades.
Um dia, sem querer, tiraram a bruxa e o lobo mau da história, caiu um antídoto que desenvenenou as maçãs e as bebidas. E até as princesas se enfureceram com os meus cabelos crescidos, as minhas unhas fortes, a minha total falta de cuidado em esconder as cicatrizes que talvez existissem aqui ou ali. O caçador perdeu a função. O dragão ficou manso e agora, como o príncipe mostrava que era herói?
Mas eu também queria brincar! As árvores a volta são altas o suficiente pra que a queda seja engraçada e não dolorida. E rir sozinha, lá tem graça? Elas gesticulavam sem perder a compostura, choravam a pirraça pra dentro e de cima do salto: e eu sentia o chão tranquila, com os pés nus no caminho de rosas, consultando as borboletas e a trilha sonora daquele show de Truman sem achar as câmeras, sem coragem de encostar no céu pra ver se achava o fim.
E ser café-com-leite já foi realmente divertido alguma vez? Eu também queria brincar! Mas pra brincar tem que saber as regras, tem que emagrecer pra entrar no vestido, tem que fazer as unhas, tem que alisar o cabelo enrolado pra poder enrolar de novo depois, do jeito certo que no fim das contas desmancha e fica igualzinho tava no início.
Pra brincar, tem que encostar só com as unhas sem manchar a francesinha.
Mas eu perdi o manual que tinha as regras. Na verdade, acho que eu nunca tive um: no caminho de rosas qualquer lado era bom, as bruxas não estavam e cair era engraçado. Eu devia ser café-com-leite ou assistir outro jogo. Só que eu resolvi tentar.
E esbarrei. Eu já não tinha mais quinze anos, mas os problemas tinham dez, sete. Os meus problemas, naquela brincadeira, eram cartinha branca. E talvez aquele fosse um dos poucos contos que realmente tem fadas. Não era o fim do mundo.
Mas as unhas caíram e voltaram pra rasgar a pele. Eu não tinha dragões, só mania de sentir.
As mãos vieram grandes e com cheiro de sabonete dizer que eu não tava ainda no tamanho certo pra entrar na roda. Que eu talvez nunca tivesse aquele tamanho. Lá na terra das maçãs inofensivas, andar sem pele por aí não dói tanto. Elas não entendem.
Mas eu também queria brincar!
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Pele
Esbarrou.
E rezou pra que não fosse o fim do mundo.
Estava aprendendo a lidar com aquilo, repetindo incessantemente o pensamento quase independente do cérebro “Pode ser assim. Abdicar, tudo bem”. Queria se convencer de que era normal, que conseguiria se livrar dos pensamentos, dos suspiros, das dúvidas... A alma fica de fora do pacote. O coração disparado não vem ao caso. Nada de drama.
Concentrar em tocar só com as unhas, com vontade e sem carinho. Sem paixão, afeto, bem-querer. Com o querer só, purinho de tudo, o desejo lá do jeito que se pudesse concebê-lo e pronto. Com os hormônios e as unhas, só. No máximo, permitia-se que os cabelos voassem pra um lado ou outro.
As regras não estavam escritas em estatuto ou assinadas em ata, não estavam em lugar nenhum: elas eram simplesmente.
Tinha parado até o pensamento e ignorado o coração ao máximo, pra poder se concentrar no toque. Unhas apenas. Mas aí errou na mão... A medida falhou, um hormônio apareceu no lugar errado, uma célula viva demais quis agir, quis fazer parte do que não podia. Encostava quase calculando os espaços, muito metodicamente.
Acontece que quando se trata da essência, não há método que resolva.
E a essência estava emburrada, nem um pouco convencida pela frase repetida, pelas regras, pela rigidez das unhas. Aí esbarrou.
Sentiu com a pele. Um milionésimo de segundo. Não podia se envolver.
Esbarrou.
E rezou para que não fosse o fim do mundo. Não era. Mas ficou sem.
E rezou pra que não fosse o fim do mundo.
Estava aprendendo a lidar com aquilo, repetindo incessantemente o pensamento quase independente do cérebro “Pode ser assim. Abdicar, tudo bem”. Queria se convencer de que era normal, que conseguiria se livrar dos pensamentos, dos suspiros, das dúvidas... A alma fica de fora do pacote. O coração disparado não vem ao caso. Nada de drama.
Concentrar em tocar só com as unhas, com vontade e sem carinho. Sem paixão, afeto, bem-querer. Com o querer só, purinho de tudo, o desejo lá do jeito que se pudesse concebê-lo e pronto. Com os hormônios e as unhas, só. No máximo, permitia-se que os cabelos voassem pra um lado ou outro.
As regras não estavam escritas em estatuto ou assinadas em ata, não estavam em lugar nenhum: elas eram simplesmente.
Tinha parado até o pensamento e ignorado o coração ao máximo, pra poder se concentrar no toque. Unhas apenas. Mas aí errou na mão... A medida falhou, um hormônio apareceu no lugar errado, uma célula viva demais quis agir, quis fazer parte do que não podia. Encostava quase calculando os espaços, muito metodicamente.
Acontece que quando se trata da essência, não há método que resolva.
E a essência estava emburrada, nem um pouco convencida pela frase repetida, pelas regras, pela rigidez das unhas. Aí esbarrou.
Sentiu com a pele. Um milionésimo de segundo. Não podia se envolver.
Esbarrou.
E rezou para que não fosse o fim do mundo. Não era. Mas ficou sem.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Ela estava de mudança...
Eu estava ali por outra coisa, porque tinha que estar. E de repente, parei, curiosa.
Os olhos vigiavam um alguém muito distante, irreconhecível daquele ponto. A expressão era dura em contraste com a pele macia, clara demais. Será que ela insistia em procurar o que já estava perdido ou era interpretação errada? E todo aquele mistério, pra quê?
Pensamentos novos passeavam-lhe pela testa em cores variadas e com letras diversas. Alguns eram lembranças, outros, idéias. Havia pares contraditórios mas o conjunto era mais confuso do que divertido. Pelo menos de olhar.
Intrigava.
Ela tinha trocado qualquer coisa no fundo dos traços que me incomodava não identificar. Eu supunha que uma alma inquieta ria-se de mim por detrás dos olhos sérios, escondida. Talvez. Mas, alguma coisa estava diferente. Aqueles cabelos também eram outros? Acho que eram as idéias coloridas, pretas ou brancas que me gritavam com mais insistência: ela está de mudança.
Bastava.
Eu teria jogado uma pedra pra atrapalhar o transe,
em lugar de ir embora emburrada sem reconhecê-la...
Mas quebrar espelhos dá sete anos de azar!
Os olhos vigiavam um alguém muito distante, irreconhecível daquele ponto. A expressão era dura em contraste com a pele macia, clara demais. Será que ela insistia em procurar o que já estava perdido ou era interpretação errada? E todo aquele mistério, pra quê?
Pensamentos novos passeavam-lhe pela testa em cores variadas e com letras diversas. Alguns eram lembranças, outros, idéias. Havia pares contraditórios mas o conjunto era mais confuso do que divertido. Pelo menos de olhar.
Intrigava.
Ela tinha trocado qualquer coisa no fundo dos traços que me incomodava não identificar. Eu supunha que uma alma inquieta ria-se de mim por detrás dos olhos sérios, escondida. Talvez. Mas, alguma coisa estava diferente. Aqueles cabelos também eram outros? Acho que eram as idéias coloridas, pretas ou brancas que me gritavam com mais insistência: ela está de mudança.
Bastava.
Eu teria jogado uma pedra pra atrapalhar o transe,
em lugar de ir embora emburrada sem reconhecê-la...
Mas quebrar espelhos dá sete anos de azar!
terça-feira, 3 de março de 2009
"O coração oscilando...
...entre parar de vez...
...e sair correndo pela boca afora"
Uma semana vira um mês. E haja disritmia!
...e sair correndo pela boca afora"
Uma semana vira um mês. E haja disritmia!
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Amor = Dor
Quem disse ? Ah, vamos lá !!! Chega desse rótulo! Tudo bem, convenhamos q sim, há uma certa ''dor''. Mas só isso ?
Amor é felicidade, ansiosidade, carinho, amizade, romantismo, saudade...
E lá me vem um: ''Amar? Pra quê? Só pra sofrer? Mais nem pensar!!! '' oO E viva a ignorancia!!!
------------------------------------
''Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.''
Mau
Amor é felicidade, ansiosidade, carinho, amizade, romantismo, saudade...
E lá me vem um: ''Amar? Pra quê? Só pra sofrer? Mais nem pensar!!! '' oO E viva a ignorancia!!!
------------------------------------
''Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.''
Mau
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