O céu de um azul rasgado, bonito de doer os olhos. A única nuvem ao longe, longíssimo, é como miragem pros meus lábios rachados de deserto, imaginação da sede...
E bem ali, no entre tanto, entre a casa e os livros, há árvores que pingam. Sem pássaros nos galhos, sem orvalho da manhã, sem rasto de nuvem no céu...
E só naquele pedaço de caminho, bem ali no meio de onde o sol escorrega e nos derrete, uma sombra com pequenas poças que não param de aumentar marca a passagem.
São árvores com flores bonitas.
Mas em pleno dia de céu azul,
A despeito dos sonhos de frutos deliciosos,
escorrem-lhes lágrimas.
Adivinho que vieram de longe:
choram raízes.
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