não adianta chorar.
Por um instante, eu achei que soubesse. Eu fiz as malas pra entrar no mundo real, e agora? Logo agora que eu tava aprendendo a lidar com a altura, com as bruxas e quedas... que eu ia poder brincar. Você desiste? Justo hoje que o vestido coube e eu comecei a esconder cicatrizes, você quer mudar de lado?
Eu aqui, revisando as regras e empurrando malas lotadas jogo adentro e você despindo a pele pra brincar de sentimento! Sério? Porque se for uma piada, é de péssimo gosto.
Só não vá se iludir com as pétalas do caminho, ok? Esse negócio de não ter espinhos tira um pouco a cor das rosas. Depois de um tempo no paraíso, perde a graça. E você se vê numa multidão de anjos pedindo por cinco minutos de inferno. Só pra poder pingar um pouco daquele difícil entre o olhar e o beijo. Depois de uns dias assistindo, você vai querer brincar de novo. E se aí já for tarde demais?
Espera... eu te conheço. Não é a primeira vez que a gente fica do mesmo lado da linha. Mas não atravessa ainda que é pra não machucar os pés. Depois de tanto tempo, pode doer um pouco ficar descalço. Calma! Não vem ainda pra cá que esse desencontro eu já não quero. Sei que você pulou de uma vez aí pra esse lado e nem deve mais lembrar de como é a travessia, mas eu tô passeando na fronteira há um tempo... e sabe de uma coisa? Não é tão divertido assim.
Dessa vez a restrição era menor. Podia querer bem se não fosse demais: podia até esbarrar se não durasse muito. Será que alguém mexeu nas normas? Porque eu tava pronta pra escolher a máscara quando me dei conta de que as unhas estão cortadas, quando percebi que se não fosse pra esbarrar, eu não ia nem querer tentar de novo.Eu quero a minha pele de volta, nem que seja por perto, à mão; mas eu não posso impedir essa pulsação das pontas dos dedos. Eu quero negociar e ok, nada de drama. Mas a alma não dá pra tirar do pacote.
Uma hora eu vou ter que aprender, eu vou ter que engolir essas regras e essas quebras. Mas e se a gente achasse uma ponte? Assim o conto não precisava ser tão cor-de-rosa e o real não precisava ser dessas cores opacas tão de mentira. Há de ter alguma coisa nesse meio de caminho! Não é possível que a gente tenha pra sempre que escolher entre botas e pés descalços. Ninguém aí tem um chinelo?
Dessa vez a restrição era menor. Podia querer bem se não fosse demais: podia até esbarrar se não durasse muito. Será que alguém mexeu nas normas? Porque eu tava pronta pra escolher a máscara quando me dei conta de que as unhas estão cortadas, quando percebi que se não fosse pra esbarrar, eu não ia nem querer tentar de novo.Eu quero a minha pele de volta, nem que seja por perto, à mão; mas eu não posso impedir essa pulsação das pontas dos dedos. Eu quero negociar e ok, nada de drama. Mas a alma não dá pra tirar do pacote.
Uma hora eu vou ter que aprender, eu vou ter que engolir essas regras e essas quebras. Mas e se a gente achasse uma ponte? Assim o conto não precisava ser tão cor-de-rosa e o real não precisava ser dessas cores opacas tão de mentira. Há de ter alguma coisa nesse meio de caminho! Não é possível que a gente tenha pra sempre que escolher entre botas e pés descalços. Ninguém aí tem um chinelo?
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