Com pesadelos impulsionando os pés, ela corria pelo bosque na esperança última de ainda salvá-lo. Que se danasse a promessa de última vez feita antes, era mais importante salvá-lo!
De repente, ele sorriu.
Joelhos ralados, arranhões nos braços e lágrimas nos olhos. Do meio das pedras e dos espinhos, aquele sorriso foi uma flor, e ela não conseguiu entender como ele podia parecer tão quente e confortável naquele ambiente gelado e áspero. Tinha ido até lá aos pulos, com sua manta cor de rosa ou azul bêbê, tinha ido resgatá-lo daquela agonia e desespero e... Espera.
Ele gargalhava deliciosamente no meio das pedras que a ela pareceram um filme de terror. Os traços de menino tinham endurecido, o brilho dos olhos parecera fosco ou talvez apenas menos inquieto. Ela tinha ido com todas as suas expectativas salvá-lo do abandono e da tristeza com seus banhos de carinho.E ele não tava nem aí
Prece de berço e abraço aceitos, mas ele já não era mais criança assim. E nem percebeu quando seu sorriso aqueceu-lhe a alma e fez respirar mais leve o coração. Ela entendeu que por mais estranho que parecesse, aquele era o ninho dele.
E na sua nobilíssima missão de salvamento, inverteram-se os papeis:
foi ele que a resgatou do frio.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
Marcos
EI, PAI! EU TÔ AQUI PAI, Ó! Ô PAI, ÓIA PRA CÁ! OCÊ NÃO TÁ VENDO EU NÃO PAI? Ô PAIÊÊ!
E ele não viu. Ai o tempo passou... Passou... E o pai não veio. Mas o menino precisava do homem que sumiu. Precisava de um jeito escondido. Sem que ninguém soubesse. Porque gritar ele não podia. Tinha que mostrar que era forte. Pena não era bem-vinda.
Que droga! Poderia até ser um outro homem que sumiu. Mas não! A raiva e o ódio da lavadeira se resumia em orgulho. Um orgulho feroz de risada grande e exagerada.
Então... E o menino?
Que menino?
Mau
E ele não viu. Ai o tempo passou... Passou... E o pai não veio. Mas o menino precisava do homem que sumiu. Precisava de um jeito escondido. Sem que ninguém soubesse. Porque gritar ele não podia. Tinha que mostrar que era forte. Pena não era bem-vinda.
Que droga! Poderia até ser um outro homem que sumiu. Mas não! A raiva e o ódio da lavadeira se resumia em orgulho. Um orgulho feroz de risada grande e exagerada.
Então... E o menino?
Que menino?
Mau
sábado, 27 de novembro de 2010
Uma carta sóbria
Meu mundo está correndo pra fora de mim. E eu ainda nem sei ao certo. PRECISO ALCANÇÁ-LO!
Mas ele foge. Foge de mim de um jeito que eu não consigo acompanhar. E meu coração acelera. Que agonia que dá! Eu vou correndo, correndo, correndo... Quando chega lá no final eu caio. Mas que agonia que dá!
Ontem, amanhã, hoje estou parado. Eu vou me sentindo reverso de trás pra frente ao contrario e de cabeça pra baixo. Ai dou por mim e me vejo no mesmo lugar. Como sempre. Sempre parado.
Ah! A propósito: ''Onde está minha lhama? Eu preciso da minha lhama!'' Já disse que esse camelo sem corcunda não existe, oras!
Quanto mais eu sonho, menos eu os busco.
Um abraço forte, Íntimo.
Mau
Mas ele foge. Foge de mim de um jeito que eu não consigo acompanhar. E meu coração acelera. Que agonia que dá! Eu vou correndo, correndo, correndo... Quando chega lá no final eu caio. Mas que agonia que dá!
Ontem, amanhã, hoje estou parado. Eu vou me sentindo reverso de trás pra frente ao contrario e de cabeça pra baixo. Ai dou por mim e me vejo no mesmo lugar. Como sempre. Sempre parado.
Ah! A propósito: ''Onde está minha lhama? Eu preciso da minha lhama!'' Já disse que esse camelo sem corcunda não existe, oras!
Quanto mais eu sonho, menos eu os busco.
Um abraço forte, Íntimo.
Mau
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