quinta-feira, 17 de julho de 2008

Conto?

Com a metáfora atravessada na garganta... E inspirada em um contista de transpirações.

Ele tinha os olhos baixos, admirava a sombra dela ao chão. Era impressionante como até a sombra dela podia ser bonita, mesmo enquanto eles discutiam. Quer dizer, ela discutia... Ele não se arriscava a contestar: isso nunca dava certo mesmo! (ou ela se desmanchava em agonias ou se convertia em golpes de pedra. De qualquer um dos jeitos, ele saía cortado e o problema engordava). Ela desfiava sua lista de indignações, muitas infundadas e injustas. E algumas que o faziam tremer de vergonha e querer pedir desculpas, mas faltava coragem.
"Será que eu sou tão insignificante que você não vai nem olhar pra mim?". Aquilo era muito parecido com um soco, um tapa..algum golpe bem inesperado e dolorido. Insignificante? Mas ela era linda até na sombra que projetava no chão, até no desenho que sua voz fazia quando desferia golpes de vidro. A gente não baixa a cabeça pros insignificantes, só pros cheios de significado! Ia dizer isso? E dizer que ele a amava quase mais do que a si mesmo e que abriria mão da própria alma pra que ela não chorasse mais assim? Não, isso seria dramático demais.
Dizer que ela era linda pareceria lisonja... E as outras verdades? Que ele também tinha sentimentos, alma, dores, coração... Que ele também gostava de significar alguma coisa e levantar a cabeça de vez em quando. E que olhares através podiam ser muito cruéis da parte dela. Ele queria ser olhado por dentro e não através, queria ser amado e escutado como possibilidade e não como guerra. Ela era bonita demais pra se fantasiar de guerreira assim, a todo momento!
É...talvez dissesse isso... Será? Perdera-se nas possibilidades, e lá se ia embora a sombra. Só lhe restava um grito, e talvez isso salvasse ou desmoronasse o tudo:
"Ei, espera! Eu não quero brigar... Fica aqui comigo"

E como chovesse muito, segundo o pedido do menino aos céus, ela ficou lá. E escondeu suas tristezas na reclamação da água gelada. Mas se não conseguiu resistir à proteção do abraço, não foi de frio:
É que ele significava demais.

Ana L.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Time to Play


Welcome to the game!
A linha do meio foi traçada dentro do armário
Um limite tão bem definido que merece ruptura...

Sem número de jogadores....
Talvez não haja mínimo de idade. Mas, curiosamente, estamos entre 15 e 17 anos.
Estamos trocando de fases
trocando abraços, apertos de mãos e despedidas
Testando jogos e trocando palavras. Talvez eu tenha trocado a ordem
Depende da linha do meio!

Que saudade de quando decidiam por mim... Que orgulho disso ser passado!

Com amor, com nostalgia, com expectativa

Em homeganem a muitos alguéns
Com a Alma
Ana L.